Nos divertimos fazendo
quadrinhos e ficamos na torcida para que as pessoas se divirtam lendo
– isso é o Quadrinhos Rasos. E, puxa vida, como foi divertido o 7º
FIQ. Poder conhecer tanta gente que apoiou o Achados e Perdidos
pessoalmente foi lindo, tentamos abraçar o máximo de pessoas
possível! Como qualquer um que esteve lá já sabe, o evento teve um
público incrível!!! Pessoalmente, sonho com um mundo onde
quadrinhos são assim, um entretenimento para todo mundo.
Pois bem, foi sem
dúvida um evento histórico, e como sujeito ansioso que sou, só
consigo pensar em estar a altura do próximo. Continuar trabalhando e
produzindo sempre buscando ser melhor a cada produção. Mas hoje vou
me dar o direito de descansar um pouco e agradecer todos vocês.
Começando por todo
mundo que fez do Achados e Perdidos uma realidade, o que fizeram não
existe e poder ver a maioria dos apoiadores pessoalmente e
entregar-lhes seus livros foi muito bom. Muito bom mesmo!!! Eu não
acreditava que vocês estavam lá, fazendo aquilo tudo. Cada pessoa,
cada comentário, foi uma sensação indescritível colocar rostos
nesses realizadores. Eu amo vocês e sou muito grato por terem
embarcado nessa com a gente. E aproveito o ensejo para fazer uma
breve observação sobre o processo de financiamento colaborativo:
Sou um sujeito
megalomaníaco em vários aspectos, e geralmente não vejo porque não
tentar realizar o que me parece certo. Três fatores foram cruciais
para que tomássemos a decisão de lançar o álbum dessa forma: o
número crescente de visitantes no site Quadrinhos Rasos e seus
comentários extremamente carinhosos, o convite para expor no FIQ e a
convivência de perto com os Pandemônios (mais sobre isso daqui a
pouco). Foram esses os fatores que fizeram com que eu acreditasse sem
pestanejar que o álbum seria uma realidade. Somado a isso, fui
iluminado um belo dia pela ideia de convidar o Bruno Ito e aí sim, o
Achados e Perdidos virou o que ele é. Trabalhar tendo o Luís Felipe
e o Bruno Ito ao meu lado foi uma das experiências mais desafiadoras
e gratificantes da minha vida, e já estou doido para repetir a dose.
Decidimos lançar mas não tínhamos qualquer dinheiro, eu já
conhecia o financiamento colaborativo há um bom tempo e já vinha
namorando a ideia, quando paramos para pensar em tudo no que
acreditamos em relação à produção de quadrinhos, essa forma de
financiamento caiu como uma luva. Em resumo, ela parecia honesta e
certa. Ainda mais relacionado ao fato de que trabalho exclusivamente
com software livre e acredito muito no Creative Commons. Foi com essa
mentalidade que tocamos toda a campanha de divulgação do livro –
queríamos fazer sempre o que nos parecesse certo e da forma mais
honesta possível. Divulgamos o primeiro capítulo e a primeira
música para que ninguém precisasse apostar no escuro e em nenhum
momento mentimos sobre nosso desespero absoluto em relação a isso
tudo ou em relação ao amor (sem exageros, amor mesmo) por todo
mundo que de qualquer forma nos apoiava. Enquanto isso trabalhamos
incessantemente na produção do livro. Valeu cada segundo, e não
foi sofrimento nenhum, desespero e ansiedade sim, mas sofrimento
nunca – foi sempre divertido, cada página desenhada, finalizada e
colorida era uma conquista e cada música que o Ito fazia nos
transportava para um mundo mágico onde as coisas estão sempre bem.
Quero fazer isso desse jeito para o resto da minha vida, e vou me
esforçar para isso. Quando atingimos a meta ficamos muito felizes,
mas como eu disse, sou hipertenso e ansioso, então sem ter o livro
100% pronto não consegui comemorar demais, ainda tinha trabalho a
ser feito. Mas pude pelo menos relaxar em relação a ter o dinheiro
para publicar o livro e isso já foi um sonho. Depois de ter o livro
todo desenhado e o dinheiro para imprimí-lo foi hora de contar com a
ajuda dos amigos para fazer com que todo esse nada virtual virasse
coisa real. A Marília, uma pessoa fantástica, grande amiga e
namorada do Luís Felipe topou fazer os cachorrinhos de pelúcia que
prometemos como prêmio no Catarse e suou a camisa pra fazer um
trabalho incrível, todo mundo que viu o bichinho pronto teve um
enfarto de fofura. Não poderia nunca deixar de agradecer muito um
sujeito que entrou com a gente desde cedo e se tornou uma parte
importante do Selo Quadrinhos Rasos que é o Matheus Dias, foi ele
quem montou o livro e todos os brindes, quem fechou todos os arquivos
e quem ajudou no design e na produção de todo o material final.
Nada disso sequer existira se não fosse por ele, eu sou eternamente
grato. Depois disso foi entregar o livro e os brindes durante o FIQ.
Uma experiência realmente indescritível. Mais uma vez obrigado.
Agora voltando ao FIQ,
realmente não dá pra explicar muito bem o que foi aquilo, mas vou
tentar. A começar pela companhia na qual nos encontrávamos. Desde o
início do ano vínhamos convivendo com os Pandemônios e tivemos a
honra de sermos parte do grupo também. Para vocês entenderem melhor
quem são essas pessoas e porque eu fico emocionado escrevendo isso
olha só: o Luís Felipe é meu irmão, isso, irmão de pais
diferentes que eu escolhi pra ser meu irmão e se não fosse ele as
coisas que eu faço seriam enfadonhas. O Daniel Werneck gosta disso
de um jeito que nunca vi ninguém gostar, quando ouvi ele falando
durante o encerramento sobre como ele forjou um crachá de imprensa
no primeiro FIQ para poder fazer parte daquilo, sobre como vendia
fanzines escondido para fazer parte daquilo e sobre como agora ele
era curador do evento, estava lançando um livro ali e era
oficialmente parte daquilo eu fiquei engasgado, ainda mais porque
agora eu também era parte do FIQ junto com ele e tive o privilégio
de poder acompanhar todo o processo do seu livro. O Daniel Lima foi
quem me ensinou que eu podia desenhar o que quisesse e abriu meus
olhos pra isso, se hoje eu leio e vejo tudo de qualquer lugar é
culpa dele, ter esse professor do meu lado fazendo isso junto comigo
é incrível. O Ricardo Tokumoto tem um blog extremamente popular há
muito tempo, e se mantém disciplinado e correto. A simpatia e o
cuidado que ele tem com todo mundo é um exemplo para mim. O Vitor
Cafaggi é um grande exemplo de pessoa e de artista, extremamente
honesto e atencioso... e puxa vida, como o sujeito trabalha bem. Não
dá nem pra ficar com raiva pelo tanto que ele é bom, porque ele é
legal demais...legal demais mesmo, e do alto de sua competência ele
estende a mão para ajudar a gente a subir com ele, incrível. E
claro, foi graças a essa confluência de boas almas que eu pude
conhecer a Lu Cafaggi, ela é a minha melhor pessoa, eu amo e admiro
muito a Lu. Sou um sujeito muito sortudo mesmo, por ter encontrado
ela e poder compartilhar tudo isso, toda essa felicidade com essa
mulher que eu amo tanto. Então imaginem o orgulho de saber que ela e
o irmão vão ser autores de uma das Graphic Novels da MSP,
justamente da Turma da Mônica, e que fizeram aquele poster tão
lindo! Não tenho dúvida de que farão um trabalho inesquecível.
Meu amor é o máximo!
Tivemos a honra de
conhecer e ter como pandemônios também o Crumbim e a Eiko, puxa
vida, esse casal não existe, eles são de uma simpatia incrível e o
livro deles dá vontade de apertar de tão fofo e bem realizado que
ficou. Ter a companhia de vocês conosco no estande foi uma honra!
Realmente, mal posso esperar para vê-los de novo. E foi muito bom
conhecer todo mundo do Trapezistas, do Pipoca e Nanquim e o Raphael da MAD pessoalmente
também! Pude finalmente conhecer pessoalmente o Sidney Gusman e caramba, que cara fantástico ele é. Completamente apaixonado pelo que faz, e de uma simpatia e honestidade sem fim, ele nos ajudou desde o primeiro dia e agradeço muito por isso. Sem falar que o FIQ escolheu os convidados internacionais
pela simpatia, eu sei que eu puxei muito o saco do Cyril Pedrosa...
mas não tinha como, eu sou completa e absolutamente apaixonado pelo
trabalho dele e o sujeito ainda me aparece lá sendo aquela simpatia
toda, não teve outro jeito. Desenhar ao lado dele e do Olivier no
Oubapo foi um negócio de outro mundo. Ouvir o Cyril, o Bill
Sienkiewicz e o Mauricio de Sousa elogiando meu trabalho foi surreal
e por isso é importante colocar os pés bem fundo no chão agora e
lembrar sempre que não sou rockstar, que isso não é a meu respeito
mas sim em função de uma boa vida para todo mundo. Eu me sinto
muito melhor quando lembro disso, e quando vejo artistas tão
consagrados fazendo exatamente o mesmo.
Quando a gente, sem
saber como, com que dinheiro, de que jeito, falou que ia lançar o
Achados e Perdidos no FIQ o Afonso Andrade, em vez de desconfiar
disse apenas: Beleza. E colocou isso lá na programação oficial do
evento. Então ao Afonso, ao Werneck, ao Samuel, à Samara, ao André, ao Medroso e à todos os envolvidos na realização do 7º FIQ eu só tenho a
agradecer. Foi nosso primeiro FIQ, que seja o primeiro de muitos e
podem contar comigo para o que for preciso.
O estande do Pandemônio
no FIQ foi a materialização do que o nome sugere. Esteve lotado
praticamente o tempo todo e mais impressionante ainda, funcionando.
Isso graças à Mitie, à Yasmin e à Lídia esses três anjos que
fizeram a coisa acontecer!!! Elas são competentes, simpáticas e
destruíram no gerenciamento e manutenção da coisa toda!!! Elas são
demais, muito obrigado mesmo, por tudo que fizeram!
Aos amigos que compareceram em peso e nos ajudaram muito; e ao Leandro, meu irmão, pra quem não tem tempo ruim na hora de ajudar, muito obrigado mesmo.
Aos amigos que compareceram em peso e nos ajudaram muito; e ao Leandro, meu irmão, pra quem não tem tempo ruim na hora de ajudar, muito obrigado mesmo.
Bem, o FIQ foi assim,
mas eleve isso tudo ao quadrado ou mais, espero gastar todas as
histórias antes do próximo, em 2013 para ter espaço para histórias
novas. Ainda falta agradecer muita gente e contar muita coisa e dar
muitos abraços por aí. Mas que foi o máximo, isso foi.
Por uma boa vida.
Um comentário:
Recebi agradecimento! Que legal!! :D
Vou acrescentar seu depoimento ao nosso relatório!
Beijo pra você e manda um pra Lu! :D
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