tag:blogger.com,1999:blog-70471370005113281362024-03-14T07:13:26.226-07:00hidroginastaDamascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.comBlogger22125tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-37132589312110706992012-12-30T19:51:00.000-08:002012-12-30T19:51:14.160-08:00Passei com o tempo. Que bom. Não fiquei vendo passar. Para o próximo ano, quem sabe, passeio com o tempo, porque dessa vez mal deu pra passear. Justo agora, que aprendi essa coisa de perceber, o tempo não abriu mão de passar sem parar. Talvez eu faça como aprendi, pego na mão do tempo, em meio à sua maior crise de ansiedade e digo bem feliz no seu ouvido, "tá vendo esse tanto de coisa boa acontecendo? Você que fez!". Só acho que ele deveria saber... Pra mim fez maravilhas...<br />
<br />
Ou talvez só conte pra ele que ter vivido tudo que ele proporcionou deixa meu presente mais leve, e que se tem alguém que pode se orgulhar do bem que faz, é o tempo.<br />
<br />
Mas é melhor não julgá-lo além da conta, como amigo, convém dizer tudo que faz de errado e que gosto dele mesmo assim, mas que não se pode reclamar das perdas que provocamos se insistimos em nos comportar de forma a provocá-las.<br />
<br />
A palavra correu solta em 2012, fez milagres e, se eu deixar que seja assim, terá provocado desastres também. A rede elaborada de rancor que fiei ao longo dos anos faz algumas coisas grudarem na cabeça depois de passarem pelos ouvidos. Preciso limpá-la, e depois desfiá-la. Mas isso leva... como não... tempo. <br />
<br />
Somos todos importantes e estamos todos juntos. Reconheço minha importância porque reconheço a sua. E é fato, não há vida senão daqui pra frente.<br />
<br />
A família que parece nova, é a mesma que sempre esteve lá pra mim e merece que eu esteja lá para eles. Os amigos que me ensinaram que posso ser o que bem entender merecem que eu me esforce mais para estar com eles. A mulher que amo e que me faz o sujeito mais feliz desse mundo me merece inteiro e não caindo aos pedaços.<br />
<br />
Dito isso, a sacola de culpa fica por aqui, não vai comigo no ano que vem. Preciso abrir espaço, vou deixar o coração mais confortável pra todo mundo que mora nele.<br />
<br />
A todos e todas, é isso que desejo para o próximo ano, que tenhamos corações aconchegantes... e que possamos passear com o tempo.<br />
<br />
Por uma boa vida, em 2013 e além.Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-74078317666483916662011-11-15T08:21:00.001-08:002011-11-15T09:33:27.663-08:00Meu primeiro FIQ<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Nos divertimos fazendo
quadrinhos e ficamos na torcida para que as pessoas se divirtam lendo
– isso é o Quadrinhos Rasos. E, puxa vida, como foi divertido o 7º
FIQ. Poder conhecer tanta gente que apoiou o Achados e Perdidos
pessoalmente foi lindo, tentamos abraçar o máximo de pessoas
possível! Como qualquer um que esteve lá já sabe, o evento teve um
público incrível!!! Pessoalmente, sonho com um mundo onde
quadrinhos são assim, um entretenimento para todo mundo.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Pois bem, foi sem
dúvida um evento histórico, e como sujeito ansioso que sou, só
consigo pensar em estar a altura do próximo. Continuar trabalhando e
produzindo sempre buscando ser melhor a cada produção. Mas hoje vou
me dar o direito de descansar um pouco e agradecer todos vocês.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Começando por todo
mundo que fez do Achados e Perdidos uma realidade, o que fizeram não
existe e poder ver a maioria dos apoiadores pessoalmente e
entregar-lhes seus livros foi muito bom. Muito bom mesmo!!! Eu não
acreditava que vocês estavam lá, fazendo aquilo tudo. Cada pessoa,
cada comentário, foi uma sensação indescritível colocar rostos
nesses realizadores. Eu amo vocês e sou muito grato por terem
embarcado nessa com a gente. E aproveito o ensejo para fazer uma
breve observação sobre o processo de financiamento colaborativo:
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Sou um sujeito
megalomaníaco em vários aspectos, e geralmente não vejo porque não
tentar realizar o que me parece certo. Três fatores foram cruciais
para que tomássemos a decisão de lançar o álbum dessa forma: o
número crescente de visitantes no site Quadrinhos Rasos e seus
comentários extremamente carinhosos, o convite para expor no FIQ e a
convivência de perto com os Pandemônios (mais sobre isso daqui a
pouco). Foram esses os fatores que fizeram com que eu acreditasse sem
pestanejar que o álbum seria uma realidade. Somado a isso, fui
iluminado um belo dia pela ideia de convidar o Bruno Ito e aí sim, o
Achados e Perdidos virou o que ele é. Trabalhar tendo o Luís Felipe
e o Bruno Ito ao meu lado foi uma das experiências mais desafiadoras
e gratificantes da minha vida, e já estou doido para repetir a dose.
Decidimos lançar mas não tínhamos qualquer dinheiro, eu já
conhecia o financiamento colaborativo há um bom tempo e já vinha
namorando a ideia, quando paramos para pensar em tudo no que
acreditamos em relação à produção de quadrinhos, essa forma de
financiamento caiu como uma luva. Em resumo, ela parecia honesta e
certa. Ainda mais relacionado ao fato de que trabalho exclusivamente
com software livre e acredito muito no Creative Commons. Foi com essa
mentalidade que tocamos toda a campanha de divulgação do livro –
queríamos fazer sempre o que nos parecesse certo e da forma mais
honesta possível. Divulgamos o primeiro capítulo e a primeira
música para que ninguém precisasse apostar no escuro e em nenhum
momento mentimos sobre nosso desespero absoluto em relação a isso
tudo ou em relação ao amor (sem exageros, amor mesmo) por todo
mundo que de qualquer forma nos apoiava. Enquanto isso trabalhamos
incessantemente na produção do livro. Valeu cada segundo, e não
foi sofrimento nenhum, desespero e ansiedade sim, mas sofrimento
nunca – foi sempre divertido, cada página desenhada, finalizada e
colorida era uma conquista e cada música que o Ito fazia nos
transportava para um mundo mágico onde as coisas estão sempre bem.
Quero fazer isso desse jeito para o resto da minha vida, e vou me
esforçar para isso. Quando atingimos a meta ficamos muito felizes,
mas como eu disse, sou hipertenso e ansioso, então sem ter o livro
100% pronto não consegui comemorar demais, ainda tinha trabalho a
ser feito. Mas pude pelo menos relaxar em relação a ter o dinheiro
para publicar o livro e isso já foi um sonho. Depois de ter o livro
todo desenhado e o dinheiro para imprimí-lo foi hora de contar com a
ajuda dos amigos para fazer com que todo esse nada virtual virasse
coisa real. A Marília, uma pessoa fantástica, grande amiga e
namorada do Luís Felipe topou fazer os cachorrinhos de pelúcia que
prometemos como prêmio no Catarse e suou a camisa pra fazer um
trabalho incrível, todo mundo que viu o bichinho pronto teve um
enfarto de fofura. Não poderia nunca deixar de agradecer muito um
sujeito que entrou com a gente desde cedo e se tornou uma parte
importante do Selo Quadrinhos Rasos que é o Matheus Dias, foi ele
quem montou o livro e todos os brindes, quem fechou todos os arquivos
e quem ajudou no design e na produção de todo o material final.
Nada disso sequer existira se não fosse por ele, eu sou eternamente
grato. Depois disso foi entregar o livro e os brindes durante o FIQ.
Uma experiência realmente indescritível. Mais uma vez obrigado.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Agora voltando ao FIQ,
realmente não dá pra explicar muito bem o que foi aquilo, mas vou
tentar. A começar pela companhia na qual nos encontrávamos. Desde o
início do ano vínhamos convivendo com os Pandemônios e tivemos a
honra de sermos parte do grupo também. Para vocês entenderem melhor
quem são essas pessoas e porque eu fico emocionado escrevendo isso
olha só: o Luís Felipe é meu irmão, isso, irmão de pais
diferentes que eu escolhi pra ser meu irmão e se não fosse ele as
coisas que eu faço seriam enfadonhas. O Daniel Werneck gosta disso
de um jeito que nunca vi ninguém gostar, quando ouvi ele falando
durante o encerramento sobre como ele forjou um crachá de imprensa
no primeiro FIQ para poder fazer parte daquilo, sobre como vendia
fanzines escondido para fazer parte daquilo e sobre como agora ele
era curador do evento, estava lançando um livro ali e era
oficialmente parte daquilo eu fiquei engasgado, ainda mais porque
agora eu também era parte do FIQ junto com ele e tive o privilégio
de poder acompanhar todo o processo do seu livro. O Daniel Lima foi
quem me ensinou que eu podia desenhar o que quisesse e abriu meus
olhos pra isso, se hoje eu leio e vejo tudo de qualquer lugar é
culpa dele, ter esse professor do meu lado fazendo isso junto comigo
é incrível. O Ricardo Tokumoto tem um blog extremamente popular há
muito tempo, e se mantém disciplinado e correto. A simpatia e o
cuidado que ele tem com todo mundo é um exemplo para mim. O Vitor
Cafaggi é um grande exemplo de pessoa e de artista, extremamente
honesto e atencioso... e puxa vida, como o sujeito trabalha bem. Não
dá nem pra ficar com raiva pelo tanto que ele é bom, porque ele é
legal demais...legal demais mesmo, e do alto de sua competência ele
estende a mão para ajudar a gente a subir com ele, incrível. E
claro, foi graças a essa confluência de boas almas que eu pude
conhecer a Lu Cafaggi, ela é a minha melhor pessoa, eu amo e admiro
muito a Lu. Sou um sujeito muito sortudo mesmo, por ter encontrado
ela e poder compartilhar tudo isso, toda essa felicidade com essa
mulher que eu amo tanto. Então imaginem o orgulho de saber que ela e
o irmão vão ser autores de uma das Graphic Novels da MSP,
justamente da Turma da Mônica, e que fizeram aquele poster tão
lindo! Não tenho dúvida de que farão um trabalho inesquecível.
Meu amor é o máximo!</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Tivemos a honra de
conhecer e ter como pandemônios também o Crumbim e a Eiko, puxa
vida, esse casal não existe, eles são de uma simpatia incrível e o
livro deles dá vontade de apertar de tão fofo e bem realizado que
ficou. Ter a companhia de vocês conosco no estande foi uma honra!
Realmente, mal posso esperar para vê-los de novo. E foi muito bom
conhecer todo mundo do Trapezistas, do Pipoca e Nanquim e o Raphael da MAD pessoalmente
também! Pude finalmente conhecer pessoalmente o Sidney Gusman e caramba, que cara fantástico ele é. Completamente apaixonado pelo que faz, e de uma simpatia e honestidade sem fim, ele nos ajudou desde o primeiro dia e agradeço muito por isso. Sem falar que o FIQ escolheu os convidados internacionais
pela simpatia, eu sei que eu puxei muito o saco do Cyril Pedrosa...
mas não tinha como, eu sou completa e absolutamente apaixonado pelo
trabalho dele e o sujeito ainda me aparece lá sendo aquela simpatia
toda, não teve outro jeito. Desenhar ao lado dele e do Olivier no
Oubapo foi um negócio de outro mundo. Ouvir o Cyril, o Bill
Sienkiewicz e o Mauricio de Sousa elogiando meu trabalho foi surreal
e por isso é importante colocar os pés bem fundo no chão agora e
lembrar sempre que não sou rockstar, que isso não é a meu respeito
mas sim em função de uma boa vida para todo mundo. Eu me sinto
muito melhor quando lembro disso, e quando vejo artistas tão
consagrados fazendo exatamente o mesmo.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Quando a gente, sem
saber como, com que dinheiro, de que jeito, falou que ia lançar o
Achados e Perdidos no FIQ o Afonso Andrade, em vez de desconfiar
disse apenas: Beleza. E colocou isso lá na programação oficial do
evento. Então ao Afonso, ao Werneck, ao Samuel, à Samara, ao André, ao Medroso e à todos os envolvidos na realização do 7º FIQ eu só tenho a
agradecer. Foi nosso primeiro FIQ, que seja o primeiro de muitos e
podem contar comigo para o que for preciso.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O estande do Pandemônio
no FIQ foi a materialização do que o nome sugere. Esteve lotado
praticamente o tempo todo e mais impressionante ainda, funcionando.
Isso graças à Mitie, à Yasmin e à Lídia esses três anjos que
fizeram a coisa acontecer!!! Elas são competentes, simpáticas e
destruíram no gerenciamento e manutenção da coisa toda!!! Elas são
demais, muito obrigado mesmo, por tudo que fizeram!<br />
<br />
Aos amigos que compareceram em peso e nos ajudaram muito; e ao Leandro, meu irmão, pra quem não tem tempo ruim na hora de ajudar, muito obrigado mesmo.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Bem, o FIQ foi assim,
mas eleve isso tudo ao quadrado ou mais, espero gastar todas as
histórias antes do próximo, em 2013 para ter espaço para histórias
novas. Ainda falta agradecer muita gente e contar muita coisa e dar
muitos abraços por aí. Mas que foi o máximo, isso foi.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Por uma boa vida.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-57744900493812275252011-07-16T15:23:00.000-07:002011-07-16T16:46:25.747-07:00Tempestade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk2u38xrlcxBxvkHZax7cKsH4Tnj-9IJilZv9UV_fr7tPudlNIFFntPcJCWdTl17yrwajnk11rqIeFFlIG1oMI4N2od_DcN_GDZ_ruOqyLAAR479at5TZOGOSccA2JrQ1a2wZF4ECOYgur/s1600/tormenta.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk2u38xrlcxBxvkHZax7cKsH4Tnj-9IJilZv9UV_fr7tPudlNIFFntPcJCWdTl17yrwajnk11rqIeFFlIG1oMI4N2od_DcN_GDZ_ruOqyLAAR479at5TZOGOSccA2JrQ1a2wZF4ECOYgur/s400/tormenta.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5630098096512623570" /></a><br /><br /><br />É na tempestade que me sinto confortável, e nessa tormenta silenciosa estou em casa como nunca estive. Estou em casa onde ela estiver caindo, estou em mim, sentindo ao vivo o que deveria sentir. É confortável sob a chuva, e é tranquilo e nada poderia ser mais desafiador e emocionante que isso.<div><br /></div><div>Não estive sozinho, seria injusto dizer isso, seria mentira também. É porque estiveram comigo que estou aqui e é porque estiveram comigo que cheguei inteiro. Vocês cataram os pedaços pelo caminho e foram extremamente gentis com eles. Obrigado. </div><div><br /></div><div>Eternamente grato, e caminhando,</div><div><br /></div><div>Por Uma Boa Vida.</div><div><br /></div><div><br /></div>Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-58596230362692467832011-04-22T08:26:00.000-07:002011-04-22T09:28:30.812-07:00AniversárioAndei relapso com as pessoas. Não muito, admito. Mas andei relapso com as pessoas. E hoje, meu aniversário, sinto que deveria ter sido mais presente em alguns momentos. Cada bem dizer que ouço é um alento do tamanho do mundo, porque sou assim, gosto que gostem de mim. É uma vaidade ainda a ser vencida, mas não é escondendo que ela desaparece. Impossível ser unânime, já ouvi mais de uma vez dizerem: "mas porque alguém não gostaria de você?" seguido prontamente por um balançar de cabeça alheio, confirmando que existem sim, aqueles que por minha pessoa não têm qualquer apreço. Me esforço sempre e todos os dias pra ser uma versão melhor de mim. E pra ser gostado não sei se faço mais do que gostar de todo mundo. Não tenho feito mais que isso. E não vejo explicação cabível para tal, senão que tenho andado fazendo por mim uma ou outra coisa. Precisava que a vida desse certo, e tem dado. E vou continuar me esforçando para que da minha felicidade nasçam outras mil. E se existe qualquer explicação para que a colheita tenha sido boa é o fato de não ter nunca, estado sozinho. Então queria aproveitar meu aniversário pra agradecer tudo que tem acontecido, pra agradecer todo mundo por existir e dar os parabéns pra todos vocês por estarem aí, sendo vocês e vivendo suas vidas - todo e cada um a sua maneira. E gostaria de me desculpar por não ter estado mais presente, não ter dado aquele abraço de parabéns, não ter compartilhado um pouco da felicidade alheia. Faz falta. E faz muito bem. Obrigado, de coração.Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-8742437832999045382011-03-21T22:32:00.001-07:002011-04-03T20:59:14.585-07:00Fac Simile<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGIPfuqn4GyMBJOC7W9jrxW0hw1fGw1qCEVWJRNtvFctcPuja2XyVdCCKFUSgozcq-50f5S4EckfDUqIHS4AzlDCDMdQ4_cgU3hSeZtFPmNXFS9Vsa_GcXGrMTBu_-ZOC4bxuuldDIQJK4/s1600/forcrods.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 377px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGIPfuqn4GyMBJOC7W9jrxW0hw1fGw1qCEVWJRNtvFctcPuja2XyVdCCKFUSgozcq-50f5S4EckfDUqIHS4AzlDCDMdQ4_cgU3hSeZtFPmNXFS9Vsa_GcXGrMTBu_-ZOC4bxuuldDIQJK4/s400/forcrods.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5591572288367887298" /></a><br /><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div>I promise I'll try to sleep in a while. But what can I say now? Well, you tell me.</div><div><br /></div><div>"Sorry" - but for what, he said - sorry for not being there, sorry for not being by your side when you weren't there for yourself."</div><div><br /></div><div>Oh, and I gotta tell you, I have not been there for myself most of my life, so I really missed you, mate.</div><div><br /></div><div>But what a guy can do when all he's got is this strange and peculiar force that drives him forward. It's not like I want this, or as if I wish for it or anything. And I'm not saying that it's a bad thing, not at all. All I'm saying is that it's kinda of out of my control. I Just have to drive forward, and because of that I miss a lot of things in the way. I miss having someone by my side, someone to care about me and from whom I don't bother accepting help. Yeah, I really miss that, and I miss having fun without feeling guilty about it. I really don't remember when was the last time that happened. I keep felling that having fun is a kind of sin and that I'm not built for that. I'm supposed to do the right thing and my mind has it very clearly what it means by "the right thing".</div><div><br /></div><div>It's not just the invisible hand pushing me forward - that is this annoying sense of "know it all". Wich is not always translated in arrogance, because I really wish for not being that way, but often it is. I never new what to do with this feeling. And for all my life I just accepted and kept being this obnoxious, pretentious, fat bastard. If I know anything? Yeah, I know something. I know quite a good deal about what I feel. But that was never enough. But about the world, altough I have this sense of not exactly knowing, but being able to understand each and every aspect of the world, I know nothing. What experience tells me is that I really don't know anything at all. I wish I did though.</div><div><br /></div><div>During the last couple of months I took a decision, and I can't say if it was a easy or a hard one, it's just the one I came to it. If I'm supposed to live life like that, if I'm supposed to build everything up from scratch, then I'll be good as hell doing it so. I'm far from that, really, really far, but now I know that it is a way and not a fall, a road, not a drifting. I don't want to drift through life, I'll swim across it, and I'll strive for each stroke to be perfect, not quite in it's form or efficiency, but in it's consistency of being. And then, someday I'll be gone. If I can't have a child or build a family of my own, I'll at least make sure that everything I wish I have taught him or her is in public domain. But the things I'll miss learning, I'll always be bitter about those.</div><div><br /></div><div><br /></div><div>So far I have told you that I'm lonely, pretentious and that the only thing that motivates me is something that I really don't know what it is, but makes me feel real bad and guilty when I'm not trying my best to do things right. But I'm not willing to fix any of this. This are the things that are left of me, I respect that, and I'll make my best to respect whatever comes in my way. For now, I'm this lonely beggar, beggin for nothing, but tomorrow, or even later today, I might be someone else. You doubt it? Look at yourself, you've listened to me, that already made my day.</div><div><br /></div><div>I am but I shouldn't be shy to bet that this song is about me. And I shouldn't be ashamed of felling terrified about ending my days like this as well. After all, that's what always been in my mind. I know I see myself not being able to pay my debt, being overwhelmed by life once again. Nonetheless, today I'm not here to make sense, but to write things as they come to me. I've edited some bits, but for the most part, I just wrote the words that came to my head, in the order they did. And no, I wish it was someone speaking trough me, but I think that this is just some me, speaking trough myself.</div><div><br /></div><div>Good night.</div><div><br /></div><div>Quantos dias dos quais não sei nada a respeito já se passaram, dias que não tive por não escolher tê-los. Ou só viveria os dias destinados a viver. Mas eu sei que perdi muita coisa, ou será a hora que eu fizer algo a respeito a hora de fazer algo a respeito? Há destino ao meu lado ou rindo da minha cara. E quanta vontade desfeita, por defeito, ou depseito, ou esperança vencida. Não sei quantos dias perdi mas vou me contentar com os que tive.</div><div><br /></div>Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-5915247523743228992010-12-28T13:02:00.000-08:002010-12-28T15:45:05.723-08:00Ano Novo<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVQEeHxrsHuI-J5UYYsapR1oonRb6orijncMj_Hmk7Ug2Ssh1KOSApHBEF2Zm2g_9m3IsXxD8iEzln0I1_aOLpDyYp3wH4YkacFJBBp0-ueEwhWPGSuSheKwEytZ-FZd7_3ig4LQH9NDks/s1600/2011a.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 164px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVQEeHxrsHuI-J5UYYsapR1oonRb6orijncMj_Hmk7Ug2Ssh1KOSApHBEF2Zm2g_9m3IsXxD8iEzln0I1_aOLpDyYp3wH4YkacFJBBp0-ueEwhWPGSuSheKwEytZ-FZd7_3ig4LQH9NDks/s400/2011a.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5555881867123362610" /></a></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Muito bem, é o fim da primeira década do futuro. Partimos rumo à adolescência desse tempo que temos o privilégio imenso de ajudarmos a construir. As coisas podem até mudar em 2012, mas estou certo que serão dois anos intensos e extremamente divertidos. Agora, no entanto, venho aqui para dizer um obrigado. Hoje eu sei que a vida é muito curta pra ser pequena, sei que o acolhimento é mais importante que a tolerância, sei que somos suficientes, mas não auto-suficientes e sei que juntos, somos extraordinários. E se eu sei isso tudo agora, é porque estive com vocês, todo e cada um de vocês. Porque nasci na família em que nasci (todos formidáveis construtores de seus tempos), porque li e vi o que li e vi e porque não só tive sorte ao nascer como tenho tido sorte ao viver no que diz respeito às pessoas que conheci. Dizem que os amigos passam pela vida, e isso é verdade, mas ficam em mim, e disso faço questão. E não, eu não me importo se acreditam ou não. "Você diz isso mas sumiu, nem liga mais, nem dá notícias." Perdão, o amor não tem telejornal e independe do que vocês possam pensar. Eu sou muito grato por ter estado com todos vocês, e por tê-los comigo o tempo todo.</div><div><br /></div><div> 2010 foi algo como o primeiro ano de alguma coisa que não sei bem o que, mas me senti convocado à participar ativamente da realidade que quero construir. Esse é nosso tempo, não no sentido de sermos donos dele, nem de longe, mas da mesma forma que a busca pelo tesouro de Willie Caolho era o tempo dos Goonies "lá em cima, é o tempo deles, isso, aqui em baixo, é o nosso tempo". E eu quero fazer isso direito, meus filhos, ou seus filhos, e nossas contrapartes do futuro viverão em um mundo sensacional. A era digital acabou (segue lendo), já está tudo aí, temos infinitas formas de nos comunicarmos, não importa e não interessa, o que importa é que agora podemos nos concentrar na qualidade dessa comunicação. Podemos pensar o que queremos fazer com o que sabemos. E podemos começar a realizar o virtual que sonhamos. Do meu lado, quero desenhar, é bem simples. Não para mim, para um ou para outro mas para o que os de língua espanhola sábia e extraodinariamente chamam de "nosotros". Quero desenhar para todos nós, os outros. Enfim entendi que isso não é meu e não me pertence, é uma qualidade e não um privilégio. E eu quero ver o que tiverem pra desenhar, ler o que tiverem pra escrever, escutar o que tiverem pra tocar e quero ver o que acontece com a realidade, quando ela está submetida aos impulsos de nossos gênios domésticos e não quando nós estamos sujeitos aos caprichos do "é assim que funciona". Quero viver nesse mundo que, graças a vocês aprendi a amar, e aprendi a me sentir nele, independente de estar lá. Sou surpreendido constantemente por mudanças bruscas de humor, por rompantes de ansiedade que levam meu ar embora, por uma tristeza extrema que me faz querer desistir, que me joga no abismo do medo e do desassossego. Vez ou outra, sinto que é o fim, que agora já era, fora capturado pelas engranagens esmagadoras da imposição, do desleixo, das coisas como são.... mas então, um de nós, os outros, os vivos, os respirantes os descartográficos em potencial, me tira de lá. Sou colocado de volta no leme de minha vida, mais sábio, mais feliz e mais capaz. E mais consciente que aquela, por mais que pareça, não é uma ferramenta de controle, aquele leme é, quando muito, um sensor de fluidez - algo a ser observado e respeitado, porque ele sabe pra onde levar o barco, eu não sei. </div><div><br /></div><div> Quero agradecer a vocês e a seus gênios, seus espíritos, suas consciências, suas razões ou o que quer que seja. Ao que parece, o próximo ano é um ano de colheita, quando tudo que plantamos dá frutos e nos alimenta. Pois bem, eu plantei vento, muito vento, nada palpável, nem uma maçã ou um alface que seja. Plantei hortas e mais hortas de vento. Até onde a vista alcança, plantei o invisível. E pra render na metáfora, terraplanei um morro pra cultivar possibilidades. Porque é na tempestade que me sinto confortável. </div><div><br /></div><div> Dito isto, só posso esperar que minha gratidão seja de alguma valia, que minha vontade seja de alguma ajuda e que tenhamos todos vida em abundância. </div><div><br /></div><div> O meu maior desejo é esse, que nosotros possamos, em 2011, viver por uma boa vida.</div><div><br /></div><div> </div><div style="text-align: left;">Feliz Ano Novo.</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-49424913469669279312010-10-08T13:05:00.000-07:002010-10-10T05:34:36.824-07:00Os invencíveis ou inderrotáveis<div>Personagens de "ficção" - esses sacos de linhagem recheados de meias-verdades. Para crermos neles, é preciso que tenham algo com o que possamos nos identificar...dizem. É preciso que tenham problemas, que sofram, que tenham contas a pagar ou que sejam injustiçados. É importante que chorem quando algo lhes perturba - temos que castigá-los como somos castigados - é preciso que em alguma instância, sejam criados a nossa imagem e semelhança. Foi o que ouvi dizer. Autômatos verossímeis que compartilham nossa concepção de existir em um mundo, independe sentirem-se maiores ou menores que o mesmo. O sofrimento ensina, glorifica, santifica nossos heróis.</div><div><br /></div><div>Sem dúvida é importante que criemos expectativas pelos nossos pequenos pinóquios, afinal, se aquele sofrimento pareceu nosso, porque nós mesmos o criamos, aquela vitória também pode ser. E a derrota definitiva nos atinge como uma cusparada nojenta de frustração - que transformamos em ponderações epilogógicas, discussões acadêmicas, filosofia barata (ou cara) enfim, nos retorcemos e nos debatemos como se lutássemos a derradeira luta contra não sermos atendidos. Haverá ainda, sem dúvida, os que dirão que é assim "porque é assim" as pessoas perdem e morrem e sofrem - mais do que às vezes - ao longo de sua existência. E os que dizem isso não estarão errados, só cimentados eterna e confortavelmente na calçada do tempo. </div><div><br /></div><div>É comum que gostemos da vitória ou da derrota de nossas pequenas sombras, tenho que confessar, no entanto, que meu apreço pelos desprovidos de problemas é imenso, gosto dos sociopatas que se acham invencíveis. Eles geralmente são. Personagens para os quais o mundo é algo tão distante que parece irreal, sem ser assombroso. Pelo contrário, o mundo não lhes diz nada de mais. E ainda que pareçam ter problemas vindos dessa realidade virtual e obsoleta na qual seus coadjuvantes vivem, são problemas feitos para que nós os vejamos, eles continuam ilesos a eles - ou mesmo foram forjados por esses problemas, mas como a espada castigada pelo calor e pelo martelo - só lhe é atribuído valor depois de se relacionar com a bainha. E digo isso desta forma justamente para que fique claro, não digo que é a guerra que glorifica a espada - mas sua relação com a bainha. Foram amigas inseparáveis ou pareceiras distantes, sujaram-se ou mantiveram-se limpas - são as relações mais básicas nos tempos mais confusos que escrevem as histórias que queremos conhecer.</div><div><br /></div><div>Antes que o fio se rompa, voltemos aos invencíveis. Sherlock não se martiriza pelos seus vícios, nós fazemos isso pelo sujeito sem seu consentimento e sentimos saber mais sobre ele do que o próprio - que sabe mais sobre todo o resto do que jamais saberemos. Mas não tenho dúvidas de que ele entende cada vírgula da sua relação com o mundo. Capitão Nemo lança-se nas profundezas oceânicas só depois de perscrutar sua própria escuridão. Importam-se com realidades tão maiores e mais simples que perdem-se e distanciam-se da confusão que é a película de sobriedade lunática que inventamos para nos cobrir. Essa camada fina, suja e pegajosa para a qual temos uma infinidade de nomes, mas cuja complexidade impede que lhe demos apenas um. A nossa noção de relação com o mundo nos distancia dele. Mas o invencíveis sempre estarão a abri-lhe buracos. O Sr.Holmes e o bom capitão não estão sozinhos, há muitos outros - os heróis contemporâneos que deixamos passar - há uma história, e um personagem por quem tenho infinito apreço, de acordo com o evangelho de Judas - e nesse ponto já está claro que não nos separo de nossas criações, existimos tanto quanto eles - o dito traidor realiza o ato vil de trair Jesus a pedido do mesmo. Gosto de acreditar que lhe é incubida esta tarefa não porque era o mais fiel, o mais crente, mas porque era o amigo. Porque era o único capaz de distanciar-se daquela realidade e daquela situação - o único que compreendia de fato o que Jesus estava fazendo. E foi extrema e absoultamente contra a decisão de Jesus não porque temia a punição, em qualquer de suas formas - ele entendia que os anos passariam e seria preciso exisir uma certa dose de maniqueísmo para que fossémos convidados a pensar no mundo além de nossos umbigos - relutou porque resultaria no sofrimento de seu amigo, e não há como não relutar a isso - mas estava no mesmo patamar que Jesus nesse momento, sabia que tudo que ele dizia fazia sentido e que era a melhor opção... então atendeu ao pedido incabido e de certa forma injusto de seu amigo. Mas não sei se qualquer um dois dois sabia o que os fã-clubes de Deus fariam com isso...bem, acontece. O fato é, gosto dos invencíveis, dos dissociados, dos descartográficos eles sempre estarão lá para o que for importante. Sempre teremos um Judas para acreditar nas nossas sandices bem intencionadas, um Sherlock Holmes para nos livrar da maldição de não saber, um capitão Nemo que nos guie em segurança pelo desconhecido, um Totoro que nos faça companhia quando a chuva for pesada e a espera angustiante.</div><div><br /></div><div>Gosto de pensar em como seriam nossos heróis, qual seria o recheio de nossos sacos de linhagem, gosto de pensar que se enchermos eles com a ingenuidade da esperança, a ignorância em relação às impossibilidades e dermo-lhes por pés os sentimentos e a intuição, caminharão no rumo certo. Para ajudar-lhes na jornada os ensinamos a serem gentis com seu recheio e os abarrotamos de realidade, para que a conheçam, e a esqueçam no caminho.</div>Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-55686290673331236322010-08-22T05:45:00.000-07:002010-08-22T05:56:56.925-07:00[e como vai ser]<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCBbwMD8L-NH7sxeD64I9JNPIVYd0Xq1ojMBU29-RGTsbqU_ZwHjn1qI3wVMwHoLZXWFr_ferjAqx5ElXVvI1-nAHKmcZyeQ8GH4bQC1qkzDU8mK3Ww8fUZTNeFN3uGdb8CtHGKzjS_TRe/s1600/capa.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 226px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCBbwMD8L-NH7sxeD64I9JNPIVYd0Xq1ojMBU29-RGTsbqU_ZwHjn1qI3wVMwHoLZXWFr_ferjAqx5ElXVvI1-nAHKmcZyeQ8GH4bQC1qkzDU8mK3Ww8fUZTNeFN3uGdb8CtHGKzjS_TRe/s320/capa.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5508214716057711170" /></a><div><div>25/11/09</div><div><br /></div><div>Não tinha a menor idéia e não se importava porque, pela primeira vez em muito tempo, retomara o leme de sua embarcação descartográfica. Vislumbrava um mundo de problemas a frente, não havia dúvidas, mas estava em boa corrente e de velas novas. Em velocidade de cruzeiro, seria sol e tormenta da própria jornada. Começara-lhe o verão, não sentia falta da primavera ou temia a chegada do outono. Além da janela, no entanto, no primeiro ano da era de peixes, findava o estio e o outono batia suas primeiras folhas secas no chão. Viveria seu verão no outono do mundo. Parecia-lhe um bom estar o que ele poderia ser naquele momento. Parou de pensar pelo tempo sendo e tomou daquele ar como se fosse a golfada derradeira.</div><div><br /></div><div>Pensou: "está tudo bem". E não estava se enganando dessa vez.</div><div><br /></div><div>.............................</div><div>não tenho conseguido escrever esses dias, então por enquanto vou resgatar alguns textos antigos que andam fazendo sentido de novo.</div><div>Por uma boa vida.</div></div>Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-67483918661822830312010-03-30T04:28:00.000-07:002010-04-30T05:40:58.714-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPgFz0Qg0humCWJs3NBiM9IrIwTDFU0yU-CTRBqsIfO3Dt0FIKjMuf-hglFK_l7b8Iosj7Dt-eYMwdd2zXh8j1gzR89NlNxV_A6KpXNcPdcyEUlYWhCcCC-cjcwF6e2yE4J6uRgTOFtxx-/s1600/duda_bx.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 226px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPgFz0Qg0humCWJs3NBiM9IrIwTDFU0yU-CTRBqsIfO3Dt0FIKjMuf-hglFK_l7b8Iosj7Dt-eYMwdd2zXh8j1gzR89NlNxV_A6KpXNcPdcyEUlYWhCcCC-cjcwF6e2yE4J6uRgTOFtxx-/s320/duda_bx.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5454323569731597586" /></a><br />Chamam de solidão meu jeito de acordar, de comer, de ir ao cinema ou de dormir. Chamam de solidão o modo como amarro os sapatos, visto as bermudas, desarrumo meu quarto. Se tudo que chamam, tivesse o nome solidão, abandonariamos o léxico e solidão solidão solidão solidão.<div><br /></div><div><div>Estou mais cansado de mim do que só. Em prol da sanidade mental seria interessante dividir um pouco do que sou, e ter um pouco de um mundo alheio pra me divertir. Mas isso é acordo antigo, há tempos escolhi saber mais do que aguentaria, escolhi tentar mais do que conseguiria e deixar de ser quando a insuficiência fosse insuportável. Ainda não é. Pela vida que consegui fico só comigo.</div></div><div><br /></div><div>Talvez não haja eufemismo que dê conta, da mesma forma que não há dinheiro que pague pelas minhas vontades, ainda que burguesas. Há de fato um acordo antigo que não posso mudar agora, além do mais não sinto as solidões que me recomendam sentir. Mas sobro comigo e com meu vasto leque de incompetências. Não amar é estar morto, não é o caso, estou só. Sentindo faltas metafóricas, teóricas, sortidas e aleatórias.... com sorte, durmo elas pra fora de mim hoje.</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-4896343405891276122010-02-24T01:17:00.001-08:002012-09-30T21:41:07.039-07:00HOJE TÁ MELHOR QUE ONTEM<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFyh5AflQdWO_J3xAzKAYzxOLGAR0os7cWQWSwt_LF9kI2OXc9QmUzb8T812yxUhtr4mwm-vXTFUazWvvK_o7yuV2DDEYlTFljU4xSLHnVbAxH-BAndWqXsbwRE-Xr8qsDc0oa45TOAKnT/s1600-h/cesarmenottiefabiano_wp_bx.png" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5441737138333609666" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFyh5AflQdWO_J3xAzKAYzxOLGAR0os7cWQWSwt_LF9kI2OXc9QmUzb8T812yxUhtr4mwm-vXTFUazWvvK_o7yuV2DDEYlTFljU4xSLHnVbAxH-BAndWqXsbwRE-Xr8qsDc0oa45TOAKnT/s320/cesarmenottiefabiano_wp_bx.png" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 226px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /></a><br />
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
Tenho uma boa vida de fato. Bem criado, bem cuidado e querido. E no reino do que sinto, prospera um amor infinito pela humanidade e pelos que me cercam. E estes últimos, têm cada um sua opinião a meu respeito, elas transitam por vias diversas tem começos, meios e fins distintos e fico feliz em saber que posso ser todas essas possibilidades. Estes personagens constantes em minha epopéia particular ou "eupopéia" (para que a leitura não fique mais insalubre que o necessário) sabem um bom tanto de mim - tomo os que amo por família e amo minha família e é a esses grupos de indivíduos que me refiro quando falo em personagens constantes. Pois bem, o fato de saberem tanto de mim se dá porque independente do que faça me denuncio constantemente, meu corpo é incapaz de fingir alegria ou satisfação e mesmo em âmbitos mais sutis estes são sentimentos raros e não sou menos feliz por isso. É um fato apenas, não uma verdade absoluta. Os fatos, como todo resto, são inconstantes. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Durante muito tempo, vivi feliz e satisfeito sem precisar me preocupar com o amor romântico, encarei os meus deslizes, minhas fraquezas, minhas incompetências, encarei o sujeito vilanesco no espelho e me tornei aquilo. Experimentei um pouco das gradações mais escuras do cinza e me permiti um ou outro ato levemente hediondo. Nessa investida ao desaconselhável tomei conhecimento da infinidade de luminárias espalhadas em cada canto escuro e comprovei que o inferno é de fato, pessoal. Continuava ansioso para saber de mim, do mundo e da vida, e continuei. Foi o amor descartográfico, aquele ao qual não impomos coordenadas, que me manteve vivo e respirando. A satisfação de ver os que amo navegarem deixou o morto enterrado ser seguro e sonoro. E a isso sou e serei eternamente grato. Aprendi, de certo modo, que não gostamos das pessoas porque elas gostam da gente e não amamos as pessoas porque elas nos amam. Da mesma forma que "ser", amar também é intransitivo. Uma crença que me ajudou e ajuda muito a cada manhã. Graças a essa intransitividade me permiti amar uma infinidade de pessoas e isso trouxe senão demonstrações sinceras de amor por parte delas. "E ainda que saiba que as flores perdem a força e a ventania vem mais forte, ainda que continue acreditando no pulsar das minhas veias." Ainda que Fagner faça sentido e faça sofrer, o noturno amanhece. Foi então que comecei a sentir um antigo incômodo.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Ou pelo menos, era como eu o percebia, um incômodo, que depois virou um formigamento estranho e eventualmente notei que havia um ritmo ali. Uma cadência, uma harmonia e criava uma melodia agradável. Acordei de manhã, e meu coração estava mais uma vez batendo onde deveria. Foi como se ganhasse uma segunda chance de participar da realidade, mas não sabia como. Tinha vivido tanto tempo em auto-exílio, não lembrava como era sentir. É em tal contexto que revisito antigas percepções. (nota: Percepção é o que tenho por memória, a lembrança de como me senti sempre foi mais intensa do que a lembrança de qualquer verbo ou substantivo). Em meio à essas visitas trombo com antigos preconceitos, tão antigos que se desfazem em pó antes que eu possa tocá-los. Escolho me distanciar das referências tradicionais, saio um pouco do meu mundo e abro lugar para pesquisa musical em meio ao universo visual no qual transito. Foi um processo gradual, a música sertaneja trilhando devagar seu caminho no meu gosto. Sem os velhos preconceitos, a honestidade crua das letras podia voltar a fazer sentido nos meus ouvidos. Relembrar como era sentir, me fez reaprender a existir e agradeço em grande parte aos senhores César Menotti e Fabiano por esse passeio pela memória. Transborda simpatia da dupla de irmãos, e isso é importante, independente do que sejam de fato (e eu não acredito que sejam diferentes) como figuras públicas são boas pessoas, bons seres humanos, e é disso que precisamos agora. Que toda influência seja convertida em boa vontade, boas ações e aplicadas em função de uma boa vida. Ao longo do processo relembrei também que trabalho para fazer as pessoas se sentirem bem, e se sentirem dispostas a serem sempre melhores. O velho coração reclama, enguiça, mas toca em frente. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Às figuras próximas e constantes, pretendo continuar agradecendo e homenageando diariamente, mas hoje faço um agradecimento à distância à todos os sertanejos do país, obrigado pela honestidade do que cantam. E uma homenagem singela pro Cesar e pro Fabiano porque eles são simpáticos.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
Muito Obrigado a todos e um grande abraço.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Que tenhamos um bom dia e uma boa vida.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Eduardo Damasceno.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-11894737178632699382009-10-19T19:40:00.000-07:002009-10-19T19:44:01.319-07:00[bela rima]O tempo pássaro<br />e eu aqui mamífero<br />infrutíferoDamascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-30457336847237170932009-09-28T05:38:00.001-07:002009-09-28T05:38:45.600-07:00[bem vos quero]Houve um tempo em que não havia nada mais fácil do que dizer, com todas as letras, com a entonação pouco cerimoniosa de suspiro mal-intencionado, que era assim, que eu, aqui com meus botões, amo. As coisas, no entanto, mudam muito, ainda que saibamos cá conosco que amamos sim, e não temos a menor vontade de voltarmos atrás em nossas palavras. ou assim quero acreditar, de toda forma, já fico feliz que tenha sido assim do meu lado. Eram tempos em que no peito ainda batia um coração quente, esperançoso, ingênuo, era outra vida. Como é bem sabido, tal qual coração de pirata, o meu também virou só um x em um mapa qualquer, um mapa morto, como o são todos os mapas sem tesouros. E hoje, ainda que sereno e sabendo do amor mais do que antes, sinto na pele, nas entranhas e no que quer que haja além disso algo que só consigo descrever como "o resultado da decepção coletiva da humanidade ao perceber a fragilidade e a inconsistência do que tomam por realidade". É agradável longe do x do mapa, olhando daqui vocês parecem felizes. Tenho que admitir, a humanidade tem vontades bonitas. Mas é solitário... e agora, no vestíbulo da infinidade que é atrever-se a amar, há uma parede. E eu ainda não decifrei muita coisa sobre paredes.<br /><br />Os dias têm sido decepcionantes, não cai água de um céu limpo. Vontades adolescentes tomam conta de um corpo adulto por motivos envelhecidos. "As coisas como são" são bestas. Os puritanos e os imbecis insistem em salientar a apatia das gerações que vieram depois das deles, e lamuriam sobre como não somos interessados, engajados, comprometidos. Não compreendem no entanto, que a insensatez que viam em regimes totalitários ou coisa que o valha, vemos no que chamam de realidade.<br /><br />Interessante ponderar no entanto (ou, pra ser mais exato, ter sido convidado a ponderar) sobre como a vontade de sumir não é senão o desejo por um conforto que nunca mais terei. O desejo de que sintam falta. Nada mais egoísta, ainda mais sacana seria mandar notícias de lugar nenhum, deixando saber que ainda se pensa nos abandonados. É uma possibilidade, a de que seja por isso. Mas ainda que tenha de fato alguma dessas vontades pequenas é da realidade que me despeço. Não esperaria que sentissem falta, mas que eventualmente conseguissem resolver o que eu não consegui... conseguissem curar a insanidade coletiva que eu não consegui.<br /><br />A vida nos é gentil.Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-64668838658961885492009-05-23T17:49:00.000-07:002009-09-28T05:52:27.639-07:00golem revoltonão sei se ainda consigo escrever, já faz tanto tempo desde a última vez que tentei. <br /><br /><br />mas hoje senti vontade, é comum quando a cabeça, cansada de pensar, decide deixar pro coração a tarefa de lidar com a vida. sobra pra ele, músculo gasto, rotundo e engordurado, externar toda e qualquer maleficência que me aflija. Então o coração tenta, e eu tento obedecê-lo em sua necessidade patológica de transformar em algo o tanto que sente.<br /><br />Não é uma questão de tempo, raramente é. ou mesmo de vontade, não é como se não estivesse realizando nada. a sensação não é mais essa, não é a falta de propósito. eu já tenho motivos para todas as ações, cada vírgula, cada curva, cada passo tem um destino, um porquê e seus poréns. em parte, é óbvio, o abandono parcimonioso de quem eu sou, me causa, como acredito que cause a todos, grande angústia. não tem sido a mais agradável das experiências adaptar-me à loucura coletiva que chamam de sociedade. e quanto mais me ligo a ela, mais me desligo de mim, e maior é a sensação de estar pilotando um autômato em um planeta inóspito. tudo é falso, tudo é mentira, e toda mentira é levada a sério. e todos se importam com a mentira.<br /><br />não que ela deva ser menosprezada é uma mentira muito grande e elaborada para que seja só jogada às traças. um trabalho de anos, realizado por mestres polivalentes. <br /><br />vendo daqui, dos escombros nos quais me meti, não dá pra saber a amplitude do céu descartográfico que antes se prostava em minha frente como quadro raro de museu, como se a única coisa que me separasse da infinidade definitiva fosse a fragilidade do conceito de uma linha amarela pretensiosamente pintada pelos gnus.<br /><br />e como era de se esperar, o flerte com a mentira me afasta das únicas verdades que conheço. As minhas relações com cada um dos respirantes. o autômato endurecido vai se fechando, se cobrindo de lama e esse golem de barro se torna aos poucas uma prisão insuportável, cuja insuportabilidade se manifesta no esquentar do fogo, não no cheiro do gás.<br /><br />"o fechamento total das frestas" - ainda não é isso. mas é parecido. acho que começo a entender. há frestas nas entranhas. o que sinto, creio, seja talvez o coração tentando bater debaixo do amontoado de suposições com as quais o alimento, faço isso na tentativa de fazê-lo se calar. insisto para que minha vida bata em silêncio, faz todo sentido que o baque seja cada vez mais forte. quantas vezes terei que entender minhas próprias palavras: "eu sou menor que o mundo, e tenho um compromisso com a vida, não deixar que ela seja menor que os amores que invento." e quantas vezes vou ter que reformular essas mesmas palavras, para que ela façam sentido? infinitas vezes.<br /><br />sou menor que o mundo, e tenho, de fato, um compromisso com a vida, não deixar que ela seja menor que os amores que sinto. e eu sinto amores gigantes. tenho um amor colossal pelo indefinido entremeio das infinitas possibilidades. mas ainda assim, qualquer amor que sinta, seja um punhado ou sete vezes sete tentativas de se tentar, é menor que a vida. <br /><br />e é por esquecer disso as vezes, que me pego obrigado a sentir falta do que quer que seja. é como se dissesse: "escute aqui, gafanhoto, sei que amas as realidades, e sei que se se esforça para aclimatizar-se com a mentira na qual és obrigado a viver, mas de nada adiantarás se esquecerdes à mim e à promessa que me fez." e fala assim mesmo, no meio do caminho entre o coloquial e o que quer que seja.<br /><br />tenho um tesouro cá em mim, há tempos encontrado. tenho as cartas, os caminhos e a vontade. tenho fome, tenho frio e sinto falta do mar aberto. sinto falta. O que é maior que o mundo? e depois de depois de depois de depois de depois do infinito, o que que tem? não me explica, só me conta e eu acredito. mas me surpreenda.<br /><br />nossa senhora dos navegantes meu barco é cada vez menor, o que eu faço? nossa senhora dos navegantes, o barco pequeno tem que aguentar um autômato cada vez mais denso, o que eu faço?<br /><br />você aí, que pilota esses dedos, quais seus planos pra se livrar de mim e retomar a rota? Se demorar eu tomo conta e ninguém vai gostar nem do caminho, nem do destino.Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-83301935004098713852008-11-05T00:41:00.000-08:002008-11-05T00:45:25.408-08:00[5 de novembro]<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrZdgKN1fLjZDCotn2ksyebaA0pjlpZHINnGp5o7Vj5u71r7guzqCxDATg6wD8U8JRm6eQNk2VeI4QmiCdcCoXRyXpQm3kq0q6XS8JbAiE-9fnrD8VPZWn4dGMGPZwrVsG3Ix-JUmtB0Tl/s1600-h/guy.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 306px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrZdgKN1fLjZDCotn2ksyebaA0pjlpZHINnGp5o7Vj5u71r7guzqCxDATg6wD8U8JRm6eQNk2VeI4QmiCdcCoXRyXpQm3kq0q6XS8JbAiE-9fnrD8VPZWn4dGMGPZwrVsG3Ix-JUmtB0Tl/s320/guy.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5265091389127748402" /></a><br /><br /><br />" Remember, remember the Fifth of November,<br /> The Gunpowder Treason and Plot,<br /> I can think of no reason<br /> Why the Gunpowder Treason<br /> Should ever be forgot.<br /> Guy Fawkes, Guy Fawkes, t'was his intent<br /> To blow up the King and Parli'ment.<br /> Three-score barrels of powder below<br /> To prove old England's overthrow;<br /> By God's providence he was catch'd<br /> With a dark lantern and burning match.<br /> Holloa boys, holloa boys, let the bells ring.<br /> Holloa boys, holloa boys, God save the King<br /><br /> A penny loaf to feed the Pope<br /> A farthing o' cheese to choke him.<br /> A pint of beer to rinse it down.<br /> A fagot of sticks to burn him.<br /> Burn him in a tub of tar.<br /> Burn him like a blazing star.<br /> Burn his body from his head.<br /> Then we'll say ol' Pope is dead.<br /> Hip hip hoorah!<br /> Hip hip hoorah hoorah!"<br /><br />Não que eu seja um grande entusiasta de explosões. Menos ainda do Alan Moore. Mas é 5 de novembro, e isso é fato incontestável. E se não tomo anarquia por ideologia, não é por não tomar a anarquia. É que de ideologias já se fartaram a pança e o vaso. E de toda forma, a intolerância à lactose se estende à discussões políticas e religiosas, assim como à "moralidades" em geral.<br /><br />E em qualquer outro dia eu diria<br />"mas há que respeitar<br />mas há que respeitar"<br />e talvez seja fato<br />contudo é 5 de novembro<br />e "em giro cada vez mais largo<br />o falcão não escuta ao falcoeiro."<br />o massai põe fogo no navio negreiro<br />o bom moço vai ao puteiro<br />a virgem dá pro mundo inteiro<br />descobre-se mago o jovem oleiro<br />um grupo de escrivãos bebe do tinteiro<br />e o cuspe disso é preto.<br />então hoje,<br />não importa o que digas<br />é 5 de novembro.<br />ainda que fosse outro o argumento.Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-19521331631551092942008-07-09T09:13:00.001-07:002008-07-09T09:13:50.585-07:00[uma coisa]<div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'>O que você quer ser quando crescer? Autor de livro, quero fazer um livro e viver dos direitos autorais dele e nunca mais ter que fazer mais nada. Isso mesmo, UM livro, eu dizia...que teria que vender mais que a bíblia aparentemente. A idéia de trabalhar muito nunca foi a vencendora nos meus concursos mentais de idéias plausíveis. Sempre fui ansioso, queria terminar as coisas rápido "ficar livre delas" e não sabia porque e nem me importava. Mas hoje eu entendo melhor. Depois que conheci as coisas das quais eu "não quero me livrar" rapidamente, as coisas que eu faria pra sempre, com um sorriso na cara madrugada depois de madrugada. Descobri sobre a realidade imposta e meu desajeito pra estar nela, e que vinha daí meu desespero por atender seus pedidos no menor tempo, e voltar correndo pra vida de verdade. Agora, ainda não posso responder o que sou depois de crescido. Só com o passado pra trás fui começar a querer ser pirata, navegador, aventureiro. Só depois de ser apresentado às inúmeras impossibilidades impostas aos capitães bravios, fui querer ser um. E vou continuar tentando me livrar eficientemente, mas sem pressa, das tarefas a mim encubidas pela língua maliciosa da adultescência. Para em seguida voltar, descansado, aos braços acolhedores da vida. Não muito diferente da observação que Corto Maltese faz sobre as mulheres: "Seriam perfeitas, se pudéssemos deitar em seus braços sem cair em suas mãos". Mas é uma máxima muito amarga... O calor do abraço independe da vilania das mãos. E a vida independe das augúrias supostas, ela está, antes e depois do que quer que seja, e não está lá, mas logo aqui.<br /><br />O que eu queria ser quando crescesse? Queria viver, no entanto achava que tinha que me livrar da realidade imposta antes, com meu "um" livro. Agora co-existo com essa mesma realidade, existo aqui, mas em função de uma boa vida.<br /><br />E hoje? Hoje quero inventar mundos e gentes que são, em alguma instância obscura, como os que conheço. Quero achar as caras e os corpos certos no meio de tantos outros e fazer um mundo bonito pra eles. E quero colocar um pouco de vida de verdade nisso tudo, minha parte da vida, da qual já abri mão a tanto tempo, mas se puder, queria usá-la nessas coisas...<br /><br />"Amor é outra coisa."<br /><br />Por uma boa vida.</div>Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-14826905707078700372008-06-26T18:12:00.000-07:002008-06-26T19:01:20.848-07:00Coração"O coração é o músculo mais forte do corpo humano" ouvi dizer. Deve ser mentira, não acredito que seja forte... talvez o mais insistente e com o maior poder regenaritvo. O mais imaginativo. O coração deseja e quer. Alheio à carcaça que o envolve, ele toma seu próprio rumo, por acreditar no porvir. Por querer bater em outros tempos, outros pousos - sofrer da fúria impetuosa de outras estacas, e de outras de flechas de cupido. O corpo que nos veste é a unica armadura que o coração precisa. A doença de sermos algo, não protege, mas aflige, afeta e mantém o coração mole. Talvez pudesse dizer que o coração é do tamanho dos colhões. Mas coragem e desafio são consequencias primárias - e não pré requisitos - da opção por uma boa vida. De toda forma, o coração bombeia vida na carcaça, mas está longe de ser a origem ou fim do que quer que seja. Seu meŕito é, talvez, ser o músculo mais forte do corpo humano... mas ele compete - de acordo com o google - com um músculo que usamos pra mastigar e com um outro nos glúteos... e levando em consideração que engolimos muita merda e tomamos muito na bunda... a competição está apertada pro nosso pequeno bombeiro. Dizem muita asneira em nome do coração, assinam com ele tratados inteiros sobre a vaidade, a ingênuidade e pobre do amor, escondido sob a massa de concreto que tomam por coração. Mas é tudo parte da grande solução, afinal de contas o primeiro passo é o problema posto. E se o coração fosse de fato alado, como o da música...não acredito que o faria, mas caso voasse pra longe, seria um Ícaro fajuto, não chegaria nem perto do sol, ele é daqui, da realidade imposta, move a carcaça mas só nela ele faz parte da grande mesma coisa. Tenho um carinho enorme pelo coração, ele de fato suporta um bom bucado de acontessâncias e continua batendo feliz, está aí alguém que sabe seu lugar no mundo e sabe da sua importância - e não reclama, só volta a bater. E um dia, quando cansa, ele pára, feliz por ter ajudado mais alguém a fazer parte disso aqui. Três vivas pro coração...Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-82585587446318719982008-05-30T16:02:00.001-07:002008-05-30T16:02:45.989-07:00ParteUm quarto de mim<br />metade do que posso<br />no meio do caminho<br /><br /><br />-------------------------<br /><br />operando<br />a meia luz, meia bomba, meia sola. meio mais ou menos. meio ácido, meio<br />básico. melhor assim: já começou, mas não é o fim.Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-10342260902612640062008-05-08T18:48:00.001-07:002008-05-12T07:42:28.238-07:00[café]<div xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml">É sem segredo, dizia, dê-me um pouco e prometo: volto cedo, lavo louça e endureço. Ela não duvidava, pois, veja bem, estavam ali 14 crianças pra comprovar o dito. Amavaela, amava os filhos e cuidava muito bem de tudo. "Direitinho." Dizia a moça com brilhos nos olhos.<br /><p><br />E por que, mesmo assim, aventurou-se a tomar chá? Nunca se soube. Mas o fez e desde então está de cama, "mortinho da silva" ela dizia. E não era eufemismo... estava mesmo... morreu de chá. Acontece.</p></div>Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-57679881445871654252008-05-07T07:02:00.001-07:002008-05-07T07:02:02.272-07:00[samurai]<div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'>Isso já tem um tempo considerável, mas fui um desses irritantes aficcionados por coisas japonesas. E eu adorava samurais. Eventualmente, desencantei. Agora posso escolher o que gosto e o que não gosto nas coisas que vejo, sem ter minhas vontades e gostos dirigidos pela necessidade patológica de coerência com meu fanatismo. <br/><br/>E sendo assim, achei interessante quando peguei pra ler o Hagakure, o livro do samurai, depois de tanto tempo. E consegui simpatizar com o senhor Yamamoto Tsunemoto, autor da coisa. Esses samurais tinham tudo pra terem as cucas fodidas, mas focavam sua atenção no que estivessem fazendo. Às vezes não parece, mas é um puta jeito saudável de encarar as coisas. Especialmente se o que vc estiver fazendo no momento for desviar de flechas ou cortar cavalos. <br/><br/>De fato, os tempos são outros, e o que sobra de tudo é sempre a universalidade delas, sua relação com a Grande mesma coisa. E por isso o Sr. Yamamoto me pareceu uma boa figura. Em meio a recomendações sociais, estratégias de batalha e a faláscia padrão do samurai subordinado dá pra vislumbrar o que ele queria de fato que a gente soubesse. E ao longo da história da humanidade temos um punhado de gente legal assim, geralmente são vangloriados como gênios ou pensadores a frente de seus tempos... não que não fossem... mas quando a gente pensa assim, nos distanciamos deles e reafirmamos nossa posição sonâmbula de respirantes. Eles eram bons navegantes, o Sr. Yamamoto, o Sr. Tesla, o Sr. Oda e tantos outros, tantos mesmo. Foram e são muitos e vão ser mais, e eventualmente serão só eles, mas eles e nós seremos os mesmos, todos bons navegantes. Pairando além do mapa da realidade imposta. Nós vivemos no tempo que estava a frente deles.<br/><br/>Penso assim, mas não é bandeira, filiação, crença, partidarismo, ideologia. Já cumpri meu compromisso com a vida, o de permitir que ela fosse maior que qualquer falta que eu pudesse sentir, qualquer tristeza que se abatesse sobre mim. O que, nem de longe, quer dizer que não vá sentir faltas, ou tristezas, eu só entendi que elas são menores que a vida. Tenho outros objetivos agora. E muitos eu nem sei quais são. Só me parece uma coisa muito interessante continuar vivendo e descobrindo as coisas e sabendo do que ainda não sei. Falei sobre apaixonar-se há alguns dias atrás e pedi: Não me entendam errado. Não adiantou muito, as pessoas continuaram achando que eu só desprezo a paixão. Mas é que isso, como a tristeza, é menor que a vida também. E prefiro deixar o deslumbramento pra quando nos arrebata, não pra depois ou pra antes disso. E ainda fico feliz quando ganho sorrisos simpáticos de bom dia das minhas companheiras de natação. (ok, pausa pra todo mundo pensar em hidroginástica e imaginar a D.Edna me dando um belo beijo de bom dia ao mesmo tempo que reafirma sua vontade de que eu conhecesse sua neta, com quem ela se parecia muito quando era nova.) Mas não, tô falando da moça simpática que nadou na mesma raia que eu hoje e que tem o sorriso de bom dia mais agradável do mundo. <br/><br/>Eu não desprezo isso, pelo contrário, acordei bem chateado com as coisas e pensando em um discurso enorme sobre como é difícil que as pessoas entendam que amar o mundo não diminui o carinho que temos por pessoas específicas, é só diferente. E diferente é bom. Mas bem, era um disurso maior que esse parágrafo e o sorriso de bom dia da moça me fez deixar isso pra lá. Por enquanto é melhor trabalhar pra diminuir minha pretensão, que se prova enorme vide o tanto que eu escrevi aqui. <br/><br/>Por uma boa vida.<br/><br/>Um pouco do Sr. Yamamoto:<br/><br/>"...(sobre inteligência, humanidade e coragem)...A inteligência não é nada mais do que debater com outras pessoas. A sabedoria ilimitada é resultado disso. A humanidade é algo que se faz em benefício dos outros, simplesmente nos comparando a eles e os colocando em primeiro plano. Ter coragem é cerrar os dentes e avançar, independentemnete da situação. Não é preciso conhecer coisa alguma além dessas três." <br/><br/>"Para atingir a pefeição, é preciso se abster de aventuras amorosas. Você precisa de muita força de vontade pra fazer isso." *eu discordo, mas é perfeitamente compreensível a afirmação dele.<br/><br/>"Dizem que o espírito de uma era é algo para o qual não se pode retornar. A dissipação gradual desse espírito se deve ao fato de o mundo estar sempre em processo de transformação. Da mesma forma, um ano não possui apenas o inverno e o verão. O mesmo ocorre com o dia. <br/>Por essa razão, embora gostássemos que o mundo ainda tivesse o espírito de cem anos atrás, isso não pode ser feito. Exatamente por isso é importante fazer o melhor a cada geração. Esse é o grande erro dos saudosistas. Eles não conseguem ver as coisas dessa maneira. Por outro lado, as pessoas que se interessam apenas pelos tempos atuais e discordam dos métodos do passado são muito frouxas."<br/><br/>"A vida do ser humano é realmente curta. A melhor maneira de viver é levar a vida fazendo o que você gosta. É tolice passar toda a vida envolvido pela ilusão que é este mundo, vendo coisas desagradáveis e fazendo apenas coisas de que não gosta. Mas é importante nunca dizer isso aos mais jovens, pois seria prejudicial se não fosse compreendido corretamente.<br/>Quanto a mim, gosto de dormir. Pretendo me confinar cada vez mais dentro do meu quarto e passar a vida dormindo."<br/></div>Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-76611449382741543422008-05-06T20:08:00.001-07:002008-05-06T20:08:05.967-07:00[tauto]<div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'>tanto tauto sem tato tortura o tímpano tenaz<br/>de quem, perguntavam taciturnos<br/>de todos, de todos.<br/>e não se surpreendiam.<br/></div>Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-15732453125740304042008-05-04T08:37:00.000-07:002008-05-04T08:44:43.141-07:00Velha EdnaQuem diria que naquele corpanzil grotesco. Quebrado pelo tempo e maltratado pela gravidade caberia tamanha graça. Ah, velha Edna, na escada: um trambolho prestes a afundar... mas era só isso, um toque na água, bastava molhar os pezinhos gordos, e pronto. Uma foca galante, flamboiante, rodopiante. Vitoriosa. Maldita Edna, em todo seu esplendor cúbico tira de todo e qualquer aspirante a vontade de competir. Campeã OutraGaláxtrica de hidroginástica.... ah, velha edna, que o tempo lhe conserve a sutileza mamutesca dos seus giros.<br /><br />para Edna.Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7047137000511328136.post-5224158299203444982008-05-03T18:14:00.000-07:002010-05-30T19:06:17.564-07:00VelhoO tempo pássaro<br />e eu aqui mamífero<br />infrutífero<br /><br />a prosa de merda<br />poesia concreta<br />completa autofagia<br /><br />cada um comendo<br />a própria carne<br />como se o verbo escrito<br />fosse por decreto<br />vero verbo<br /><br />haja pretensão.<br /><br />por isso,<br />macarrão e parafuso<br />indo e voltando<br />n'água nos resolvemos<br />hidroginasta a caminho<br /><br />mantenham as piscinas limpasDamascenohttp://www.blogger.com/profile/11057711277375856127noreply@blogger.com1